Hoje faz 4 anos que Telê Santana morreu


Há quatro anos, o futebol brasileiro perdia um de seus principais treinadores de futebol. Um técnico que tem o nome para sempre associado ao jogo bonito, técnico, ofensivo, sem violência. Mineiro de Itabirito (MG), Telê Santana da Silva faleceu em 21 de abril de 2006, no feriado dedicado a um símbolo da história de Minas Gerais: Tiradentes.


Jogador do Fluminense de 1950 a 61 (no qual foi campeão carioca em 51 e 59 e da Copa Rio de 52), apelidado de “Fio de Esperança” por ser muito magro, Telê marcou definitivamente seu nome na história do futebol nacional como treinador. Iniciou a carreira de técnico de equipes profissionais em 69, exatamente no Tricolor carioca. E logo foi campeão estadual. E construiu a base do time que seria campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa do ano seguinte. Competição equivalente ao Campeonato Brasileiro na época.

Em 70, foi para o Atlético-MG, também conquistando o título estadual. E o primeiro Brasileirão, disputado em 1971. Em 77, venceu o Campeonato Gaúcho pelo Grêmio, interrompendo oito anos de domínio do Internacional no Rio Grande do Sul. Dois anos depois, levou o Palmeiras à semifinal do Brasileiro-79.


Os bons trabalhos fizeram o então presidente da CBF, Giulite Coutinho, convidá-lo para assumir a seleção em 1980. Formou o selecionado reconhecido pela maioria dos analistas como o melhor formado no Brasil depois do escrete de 70. Mas a traumática derrota para a Itália nas quartas de final da Copa de 82 causou sua saída do cargo.


Após passagem pelo Al-Ahly (Arábia Saudita), voltou à seleção em 85. E ficou até a eliminação na Copa de 86, diante da França, nos pênaltis, novamente nas quartas.


Após treinar Atlético-MG e Flamengo, chegou ao São Paulo em 90. E marcou época no clube paulista, ganhando dois títulos paulistas (91/92), o Brasileiro de 91 e as Libertadores e os Mundiais Interclubes em 92 e 93. Além da Supercopa da Libertadores-93 e das Recopas Sul-Americanas de 93 e 94. Em 1996, sofeu uma isquemia cerebral, que o obrigou a deixar o futebol. Faleceu dez anos depois, no feriado dedicado ao símbolo da Inconfidência Mineira, aos 75 anos.


Neste sábado, dia 24, as trajetórias das seleções brasileiras de 82 e 86 serão destacadas no ciclo de palestras “O Brasil nas Copas”, promovido pelo Memofut (Grupo de Literatura e Memória do Futebol) e pelo Museu do Futebol. O jornalista André Fontenelle e o pesquisador Marcelo Unti vão debater “A Era Telê”. O evento começa às 10h, no auditório Armando Nogueira. O Museu do Futebol fica no estádio do Pacaembu. A entrada é gratuita.


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