
A cabeça de Hugo e as mãos de Victor garantiram a vitória ao Grêmio por 2 a 1 sobre o Atlético Mineiro, na noite desta quinta-feira, no Olímpico, numa partida que, se não foi empolgante, reservou lances de emoção, principalmente no segundo tempo. O meia gremista marcou os dois gols em jogadas aéreas que completou aproveitando-se de falhas da defesa atleticana. O goleiro, com várias defesas importantes, foi fundamental na pressão exercida pelo Atlético no fim.
O triunfo do Tricolor Gaúcho, segundo no Brasileirão, fez a equipe, agora com oito pontos ganhos, pular para o 10º lugar na tabela. A equipe mineira começou a viver pesadelo após o resultado: com seis pontos, agora caiu para a zona de rebaixamento, ocupando a 17ª colocação. Na próxima rodada, a última antes da paralisação do campeonato por conta da Copa do Mundo na África do Sul, o time gaúcho vai ao Morumbi encarar o São Paulo, no domingo. No mesmo dia, a equipe mineira receberá o Ceará, no Mineirão, que depois será fechado para reformas .
Decepção no 1º tempo
Com os dois times precisando da vitória para subir na tabela, o primeiro tempo foi decepcionante. Se sobrou disposição, faltaram técnica e criatividade. E o empate por 1 a 1 acabou justo.
A partida até começou frenética. O Galo não respeitou o time da casa e logo aos dois minutos fez o goleiro Victor trabalhar, num petardo violento do garoto João Pedro - que substituía Fabiano - em cobrança de falta.
O Grêmio apertava a marcação para impedir os lançamentos de Ricardinho para Muriqui e Diego Tardelli. E, na frente, mesmo sem Jonas, suspenso, e Mario Fernandes e Borges, contundidos, buscava nas laterais a jogada aérea para Roberson e William, que aos 14 aproveitou um cruzamento de Bruno Collaço, mas cabeceou em cima de Marcelo.
O Galo preferia a bola no chão. E numa tabela com Diego Tardelli, Muriqui só não marcou porque foi bem travado por Adílson, aos 19. O volante gremista de 23 anos, que nesta quinta-feira ganhou uma placa do clube por já ter completado 100 jogos com a camisa tricolor, ainda arrumou tempo para fazer até então a jogada mais perigosa da equipe gaúcha, aos 24. Livre de marcação, bateu de fora da área. A bola passou por cima do travessão de Marcelo.
Gols no fim
A correria era intensa, mas faltava inspiração. Sem Douglas, o Grêmio pouco arriscava, e ainda esbarrava na ineficiência de William no ataque. O Atlético sentia a falta de Coelho a cada jogada desperdiçada por um afobado Diego Macedo pela direita. Ricardinho pouco aparecia. E a defesa, apesar do esquema com três zagueiros, cometeu um cochilo fatal aos 37 minutos. Em cobrança de escanteio do onipresente Fábio Rochemback, Hugo surgiu no meio de Jairo Campos e Lima e nem precisou subir para testar firme, abrindo o placar: 1 a 0.
Pouco depois, foi anunciado no Olímpico que Roberto Carlos abria o placar para o Corinthians sobre o Internacional no Pacaembu e aumentava a euforia da torcida gremista. Mas, por sorte do Galo, existia Ozéia no meio do caminho de Victor. E aos 44 minutos, antes do apito do árbitro Péricles Bassols, Ricardinho arriscou o chute de fora da área que resvalou no zagueiro gremista e tirou o goleiro da jogada. A bola entrou à esquerda: o empate fazia justiça ao jogo equilibrado e sem brilho da primeira etapa.
Hugo repete a dose
O segundo tempo começou com o Grêmio mais no ataque, e logo aos quatro minutos William mostrou que a má fase não quer passar ao desperdiçar em tiro cruzado para fora uma boa chance de deixar o Tricolor Gaúcho na frente no placar. O jogo ficou mais duro, disputado. A pressão tricolor continuou até que, aos 15 minutos, houve um replay do primeiro gol, só que pela direita. Em falta cobrada por Fábio Rochemback, Hugou aproveitou-se novamente da bobeira da zaga atleticana e testou livre mais uma vez. A bola passou por baixo do goleiro Marcelo: 2 a 1.
O gol fez o Galo acordar - à exceção do apagado Diego Tardelli -, e o time imprensou o Grêmio ao criar três chances em dois minutos. Aos 21, Lima bateu de fora da área, a bola desviou e tirou tinta da trave. No escanteio, Lima mandou de cabeça, mas Victor, seguro, defendeu. Aos 22, Muriqui escapou pela esquerda e bateu cruzado. Victor espalmou e Diego Macedo, livre, chutou para fora a chance do empate.
Silas havia trocado William por Fernando. Vanderlei Luxemburgo arriscou ao pôr Ricardo Bueno no lugar de Jairo Campos e o veterano Júnior no de Leandro. O lateral quase empatou aos 37 ao receber de Ricardinho e bater para mais uma defesa de Victor, destaque da partida. Quando o treinador do Galo se preparava para trocar João Pedro por Wendel, o jogador matou jogada no meio-campo e acabou levando o cartão vermelho, aos 39. O jeito foi tirar Rafael Jataí, mas não havia mais jeito. E Victor, inspirado, salvava mais uma chance, de Diego Macedo.























































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