
O veterinário Fernando Pinto Pinheiro disse que, a pedido da Polícia Civil mineira, analisará as fezes dos rottweilers apreendidos no sítio do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Paulista, em Vespasiano, na região metropolitava de Belo Horizonte. As investigações indicam que Eliza Samudio teria sido executada no local e partes de seu corpo, dadas aos animais.
O veterinário chegou há pouco ao Departamento de Investigação (DI) de Homicídios, em Belo Horizonte.
- O objetivo é ver se encontramos unhas, cabelos ou algum outro vestígio nas fezes já que no sangue dos animais não é possível encontrar qualquer coisa. A esta altura também não adianta mais fazermos endoscopia nos animais porque o alimento fica cerca de seis horas no estômago e depois é eliminado - disse ele.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que até o momento nenhum pedido de habeas corpus foi impetrado em favor dos acusados de envolvimento no suposto sequestro e morte de Eliza.
MOTORISTA DA RANGE ROVER DIZ QUE É INOCENTE

"Sou inocente. O que mais quero agora é que tudo se resolva e que os verdadeiros culpados sejam punidos. Depois que me colocaram nessa confusão, minha vida virou um inferno", desabafou nesta segunda-feira o desempregado Cleiton da Silva Gonçalves, de 22 anos, que dirigia o jipe Range Rover do goleiro Bruno no dia 8 de junho, quando o veículo foi apreendido em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por falta de pagamento de IPVA. Semanas depois, a polícia encontrou vestígios de sangue de Eliza Samudio no jipe.
Em entrevista ao EXTRA em sua casa, no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, Cleiton disse que não teve qualquer envolvimento no suposto sequestro e assassinato de Eliza. Na entrevista, ele afirmou também que não sabia que a jovem estava no sítio de Bruno no dia 8, quando esteve lá após ser convidado para uma partida de futebol.
- Encontrei com o Bruno e o Macarrão, no dia 6 de junho, num jogo do time 100%. Eles me convidaram para a pelada no dia 8, à noite. Fui lá, havia cerca de 20 pessoas, entre elas Bruno, Flavinho, Coxinha, Elenilson. Não vi a Dayanne nem a Eliza. Não tinha a menor ideia do que estava acontecendo por lá. Nem tive acesso à casa, que estava fechada. Ficamos apenas na área de lazer.
A declaração, entretanto, contrasta com o depoimento que ele próprio prestou na Delegacia de Homicídios de Contagem no dia 29 de junho. Na ocasião, Cleiton afirmou que, após a partida, pediu a Bruno para tomar banho na casa, mas foi impedido pelo goleiro, que disse que Eliza estava na casa.Cleiton, entretanto, contou à polícia que não chegou a ver Eliza. Ainda segundo o depoimento, dois dias após o jogo, Cleiton teria ouvido Sérgio e o menor X., primos de Bruno, comentarem que "agora ela não vai mais perturbar".
Na entrevista ao EXTRA, Cleiton disse ainda que, no dia da pelada, chegou mais cedo ao sítio para encontrar com Macarrão, seu amigo de infância.
- Naquele dia, fui ao sítio por volta de meio-dia, para bater papo com o Macarrão, já que ele mora no Rio. Quando cheguei lá, estavam apenas X. e Sérgio. Como só eu tenho carteira de motorista, me pediram para ir com eles até o posto de gasolina para abastecer a Range Rover do Bruno. Na volta para o sítio, avistamos uma blitz da PM. X. estava dirigindo, mas como os vidros têm insulfilm, ele passou para o banco do carona e eu desci do carro para me apresentar como motorista. Eu nem sabia que o carro estava com o IPVA atrasado. Se soubesse, não tinha me apresentado como motorista e meu nome não estaria envolvido nessa confusão. Depois que o carro foi apreendido, voltei para casa e retornei ao sítio à noite.
Fonte: Jornal Extra























































Comentários