O primeiro jogo será em SP e isso pode ser negativo para o Palmeiras pelo simples fato de ser uma equipe que joga esperando seu adversário. Explora o erro do rival, bola parada, contra-ataque, jogadas de linha de fundo. Decidir em casa foi a grande vantagem palmeirense nas fases anteriores, sobretudo diante do Grêmio. Felipão foi inteligente, soube extrair as características do elenco.
Bem, devido as circunstâncias a equipe pode sentir pressão de ter que sair para o jogo e acabar tomando bolas nas costas. Porém, a humilhação sofrida nessa mesma competição e contra a mesma equipe no ano passado por 6 a 0 nas quartas de finais, irá sem dúvidas deixar os jogadores "com sangue nos olhos." Até porque boa parte do grupo estava naquela expressiva derrota.
Outro ponto interessante desse duelo é que diferente do ano passado, o Coritiba não possui um grande time, em compensação tem um elenco espetacular. Incrível, mas é fato. Marcelo Oliveira faz um trabalho com resultados acima das expectativas, porém ainda não encontrou o padrão da equipe nesse ano. Inclusive pode ser por ter um elenco muito bom que conseqüentemente sofre grandes dificuldades de montar a equipe.
Para o Palmeiras ser campeão tem que continuar explorando suas características mas manter a tranqüilidade finalizar quando tiver oportunidades de gols ou passes chaves. Além da catimba e frieza para trabalhar com um possível resultado favorável no Paraná trazido de SP.
Coritiba é campeão se manter a concentração e não cair na provável catimba de jogadores como Barcos e Valdivia. Mas acima de tudo pode ser campeão se fazer sua parte, jogando naturalmente. Sem pressa, mas em todo minuto abafando a saída de jogo do adversário por ser um ponto fraco.
Baseado nesses argumentos, vejo que o Coritiba possui uma pequena vantagem com méritos pelo que construiu nos últimos anos e consequentemente é favorito. Mas claro que não me surpreenderia com o título do time paulista. Palmeiras está fazendo por merecer e precisa deste título, estou certo de que não se pode perder sempre.
Gabriel Nogueira
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