Por Gabriel Nogueira
@nogueiracontato
Ousadia e
alegria. Fazendo gols, fazendo história. Desde o improviso até a
vibração com o popular soco no ar. Relativamente, Neymar é o Pelé dos
dias de hoje.
Aos 20 anos, Neymar possui a expressiva marca de 250 jogos, 155 gols e
70 assistências. Números válidos atuando pelo clube e seleção. Detalhes
importantíssimos: Foi artilheiro da Libertadores de 2012 com 8 gols e
nas Olimpíadas do mesmo ano, ainda que tenha sido criticado
injustamente, marcou 4 gols e ‘deu de presente’ mais 5. Vale ressaltar
que com a mesma idade, Messi, Cristiano Ronaldo ou até mesmo Maradona
sequer chegaram perto de tantos feitos individuais, muito menos
coletivos. ‘Ah, mais ele joga no Brasil e os outros na Europa’ Entendam o
seguinte: Se realmente consideram mais fácil, mesmo com a estrutura
inferior no Brasil e o equilíbrio monstruoso, para os outros jogadores
atuando no nosso país também seria mais fácil. Então isso não se
justifica. O fato é que ele é acima da média, portanto seu nível vai
muito além do que podemos observar. Na esmagadora maioria das vezes ele
desequilibra.
À medida que o tempo passa, o craque vem ganhando experiência e
consequentemente desempenhando um futebol mais técnico. Só tende a
crescer. No entanto, sempre haverão debates questionando sua capacidade.
Tendo em vista sua popularidade, realmente não há motivos para se
surpreender. Além do mais, boa parte das pessoas fazem críticas por um
simples motivo: Queria vê-lo jogar na sua equipe do coração. Uma
pesquisa realizada pela Stochos Sports & Entertainment confirmou
essa tese apontando a preferência do torcedor brasileiro por Neymar:
Antes de explicar os critérios da pesquisa, gostaria de salientar o
principal dado: São 31,7%, prestem atenção nisso. É um número
expressivo, só que não representa nem metade dos torcedores. Portanto,
antes de questionarem a credibilidade desse trabalho, fiquem atentos aos
fatos. Não supervalorizem. Saibam também que as pessoas do interior são
menos fanáticas e mais apaixonadas pelo futebol em sua essência.
Essa pesquisa foi realizada entre 20 de agosto a 20 de setembro do
ano passado. Foram ouvidas mais de 8.000 pessoas em todos os estados do
Brasil e também no Distrito Federal. A margem de erro é de 1,1%.
As faixas etárias abordadas foram a partir dos 16 anos de idade, com
intervalos de 5 anos, até os 60 ou mais anos de idades. E a empresa
ouviu as seguintes classes sociais econômicas: A1, A2, B1, B2, C1, C2 e
D.
Os poucos que ignoram sua qualidade, dificilmente irão dar o braço a
torcer. E se fazem muitos devido a falta de ter o que fazer,
consequentemente utilizam o tempo e as redes sociais como recursos de
suas vagabundagens. Falam bem, falam mal. Mas falam do Neymar.
Com tal superioridade à tona, novamente o nome do rei Pelé está em
‘jogo’. A referência do eterno camisa 10 santista não é atoa. Ouve-se
muito que o futebol do rei, logo no início, era questionado e
fundamentalmente desprezado por sua raça. Realmente o preconceito é um
fator a qual faz ter veemência esse raciocínio e reforça a tese que
parte dos amantes do futebol relutam em aceitar a capacidade de outrem.
Tendo em vista essas relações, o gênio que veste a camisa 11 é apenas a
vítima de mais um retrocesso. Tal ignorância me assusta, logo em um país
com tantos problemas insistem em erros bobos. Fazer o que? Bola pra
frente Neymar! Se três campeonatos paulistas, uma Copa do Brasil, uma
Libertadores e a Recopa Sul-Americana não bastam para ter pelo menos o
respeito, nada mais poderás fazer. Ou melhor: É focar em melhorar a cada
dia. Creio que mesmo sendo brilhantes as suas jogadas improvisadas,
cedo ou tarde precisará mudar seu repertório. De fato, me surpreenderia
se conseguir manter esse estilo.
Independentemente de tudo, Pelé e Neymar são reis de tempos
diferentes. Por gosto ou desgosto. São dois paralelos. E todas as
façanhas, proezas, ações extraordinárias, feitos históricos ou quaisquer
outras palavras de engrandecimento são simplesmente justas.
Desconhecemos há real dimensão de tudo isso. É mais do que podemos ver
ou sentir.
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