O sonho está mais vivo do que nunca. O Flamengo venceu o Vasco na tarde deste domingo (11.04), por 2 a 1, e carimbou seu passaporte para a decisão da Taça Rio, contra o Botafogo. Em uma partida tensa, com muitos cartões e duas expulsões, quem brilhou foi Vagner Love. O camisa 9 marcou duas vezes, se isolou na artilharia do Estadual com 14 gols e garantiu a classificação rubro-negra.
A vitória faz com que a decisão deste ano seja uma reedição da finalíssima da Taça Rio de 2009. No próximo domingo (18.04), Flamengo e Botafogo se enfrentam mais uma vez. Se o Rubro-Negro vencer, conquista o bicampeonato da competição e força mais duas partidas para decidir o Estadual. Se o Botafogo levar a melhor, garante o título de maneira antecipada.
"Sabemos que temos que ganhar. Será uma semana difícil, com jogo pela Libertadores no meio de semana, mas estamos focados na vitória. Queremos conquistar este título e vamos nos dedicar muito para isso", disse o herói da partida, Vagner Love.
Tropa de Elite
Se a intenção do técnico Andrade era ganhar em marcação no meio-de-campo com a escalação de Maldonado, ele obteve o resultado desejado no primeiro tempo. O Vasco teve 65% de posse de bola, mas não soube transformar estes números em chances de gols. Graças, em grande parte, ao trio de cabeças-de-área formado por Maldonado, Willians e Toró. Esquema que fez lembrar a Tropa de Elite, que fez sucesso no Campeonato Brasileiro de 2007, com Jailton, Toró e Cristian.
Na última quinta-feira, contra o Universidad de Chile, os rubro-negros tiveram a bola nos pés por mais tempo, mas não conseguiram a vitória. Neste domingo, a estratégia foi outra: buscar ser o mais efetivo possível, sem tocar muito a bola. Deu certo. Mezenga substituiu Adriano à altura e logo aos nove deu belo lançamento para Vagner Love, que por pouco não abriu o placar. Era apenas o ensaio do que aconteceria aos 10. Em outra boa enfiada do camisa 37, o Artilheiro do Amor driblou Fernando Prass e bateu colocado para fazer 1 a 0 Flamengo.
Em vantagem e contando com a entrega dos jogadores no sistema defensivo, o Rubro-Negro tinha amplo domínio da partida, mesmo com menos posse de bola. Os vascaínos, portanto, só poderiam tentar o empate em uma bola parada. Aos 31, Philippe Coutinho, anulado pelos volantes rubro-negros, cobrou escanteio na cabeça de Thiago Martinelli, que deixou tudo igual no placar.
Amor supera o poder
Enquanto o primeiro tempo foi um pouco sonolento, a etapa final ganhou cara de Flamengo e Vasco. Os rubro-negros cresceram na partida e, logo aos sete minutos, quase ampliaram, em cabeçada de Ronaldo Angelim. A pressão continuou e, aos 10, Leonardo Moura também esteve perto de marcar. Assim como Coutinho, do Vasco, que acertou a trave de Bruno aos 20.
Tudo indicava que uma das equipes iria conseguir tirar o empate do placar, e foi o Flamengo quem ampliou, aos 26. Leonardo Moura foi premiado pela insistência e, após invadir a área em velocidade, foi derrubado por Fagner. Pênalti, cobrado com tranqüilidade por Vagner Love, artilheiro do Campeonato Carioca com 14 gols: 2 a 1. A Nação Rubro-Negra, então, explodiu no Maracanã. Mas, aos 34, o Vasco ganhou uma sobrevida. Juan foi expulso após falta em Fagner, e os cruzmaltinos lançaram-se ao ataque em busca do empate.
O Flamengo, no entanto, soube administrar a vantagem. Com Kleberson no lugar de Mezenga e Fabrício substituindo Vagner Love, o técnico Andrade fechou sua equipe, que apenas aguardou o apito final para comemorar ao som das ironias da torcida rubro-negra em relação aos vascaínos: "o meu freguês voltou".
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