Justiça mantém Flávio,Coxinha e Elenílson na cadeia

Caso Eliza Samúdio ainda não foi totalmente elucidado

O desembargador Júlio Cezar Gutierrez, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), indeferiu o pedido de habeas corpus,impetrados pelo advogado Ércio Quaresma,em favor de Flávio Caetano de Araújo,Wemwerson Marques de Souza(Coxinha)e Elenílson Vítor da Silva, suspeitos de terem ligação com o desaparecimento de Eliza Samudio.

Segundo a defesa, a prisão temporária pela suposta prática de homicídio “constitui inaceitável constrangimento ilegal”. O advogado também alegou que não existem razões que justifiquem a custódia cautelar dos suspeitos, uma vez que todos apresentam residência fixa e ocupação lícita.

O desembargador Júlio Cezar Gutierrez observou que não constavam nos autos elementos suficientes para a concessão das liminares. O magistrado também destacou que as condições favoráveis apresentadas pela defesa devem ser ponderadas, porém, não garantem o deferimento do benefício.

Desde o dia 7 de julho, quando a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, decretou a prisão temporária de sete pessoas envolvidas no caso, o TJMG recebeu 18 pedidos de habeas corpus em favor do goleiro Bruno. Ainda, um pedido foi recebido no 1º Tribunal do Júri de Contagem, mas como o documento não apresentava assinatura digital, foi arquivado.

Os desembargadores Doorgal Andrada e Júlio Cezar Gutierrez, ambos da 4ª Câmara Criminal do TJMG, já julgaram 14 pedidos de hábeas corpus, todos indeferidos.

Além de Flávio, Wemerson e Elenílson Vítor, permanecem presos o goleiro Bruno, seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, Paulista ou Neném, Sérgio Rosa Sales, primo do atleta, e Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, ex-mulher do jogador. O adolescente X., de 17 anos, outro primo de Bruno, permanece internado numa unidade para menores infratores em Belo Horizonte.