Diego Forlán - atacante uruguaioJá faz tempo que o uruguaio Diego Forlán passou a dispensar apresentações. Se alguém ainda o desconhecia, porém, a Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 se encarregou de resolver o problema.
O camisa 10 da Celeste é o líder indiscutível de um grupo marcado pela humildade, mas também pela consistência, união e eficiência, pilares de uma seleção que surpreendeu a todos. Com três gols marcados, o atacante é o artilheiro do Uruguai no torneio, ao lado do companheiro Luis Suárez. O último que fez, em uma cobrança de falta precisa, permitiu que o selecionado charrua igualasse o placar da partida contra Gana, para depois buscar a classificação às semifinais nos pênaltis.
À espera do confronto com a Holanda, que pode levar o Uruguai à disputa do título pela primeira vez em 60 anos, Forlán conversou com a FIFA.
Que lições você tirou da partida contra Gana para enfrentar a Holanda?
Começamos bem, sendo objetivos, mas depois fomos perdendo o domínio da bola e caímos no jogo deles, algo que precisamos evitar. Soubemos, porém, reagir emocionalmente, mesmo com um gol no final do primeiro tempo que representou um golpe para nós, e isso é importante.
E pensar que, por um pênalti nos acréscimos, vocês quase voltaram para casa… Como viveu aquele momento?
Depois de tanto esforço, a ideia de perder tudo no último minuto da prorrogação era terrível. Enfiei a cabeça dentro da camisa porque, no íntimo, já me via fora do Mundial. Depois, quando vi que a bola bateu no travessão, não consegui acreditar. Menos ainda quando ela foi para fora.
A jogada provocou alguma polêmica. Como está Luis Suárez?
Está feliz porque ajudou a equipe, mas triste obviamente por perder a semifinal. Tanto ele como o Jorge (Fucile) reagiram instintivamente no lance, mesmo sabendo que se tocassem na bola seriam expulsos. O Luis acabou nos dando outra oportunidade e soubemos aproveitá-la.
Como um jogador se prepara para uma decisão por pênaltis?
Todos os que cobraram pênaltis contra Gana praticaram antes. Nós sabíamos o que fazer. Até mesmo o Maxi (Maximiliano Pereira) bateu bem, mas a bola não entrou por pouco. Só espero não precisar de mais uma rodada contra a Holanda. É muito sofrimento!
Qual é a sua opinião sobre a Holanda?
Não há nada de novo em se dizer que é uma grande equipe, com jogadores de altíssima qualidade, especialmente no ataque. No entanto, também tem uma defesa sólida. Todos sabem tocar a bola e isso tornará a partida ainda mais difícil.
Qual é o segredo para alcançar a vitória?
Fazer bem tudo o que nos trouxe até aqui. Respeitamos todos os nossos rivais e agora não será diferente, mas sabemos como jogar com seleções como a Holanda. Sejam 90 ou 120 minutos, é preciso estar pronto para assumir o desafio. E esta seleção está.
Mas Suárez e Fucile não jogam, o capitão Diego Lugano é dúvida, Nicolás Lodeiro está fora definitivamente…
São baixas importantes, mas, contra Gana, os jogadores que entraram se mostraram à altura da situação. Na realidade, todo o grupo está pronto para jogar. É preciso ver como o técnico (Oscar Tabárez) planejará a partida, mas chegaremos da melhor maneira possível.
Por último, como você encara o que esta seleção uruguaia provocou no seu país?
É algo muito emocionante, difícil de explicar… Com os e-mails, as mensagens e os telefonemas, estamos tão longe que nos sentimos diferentes… Sabemos que tudo está sendo vivido de modo muito intenso, sobretudo entre os jovens, que nunca tinham visto o Uruguai chegar tão longe. Pessoalmente, sinto-me muito feliz por poder dar uma alegria assim ao povo uruguaio. Tomara que consigamos dar uma alegria maior.























































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