Curiosidades: Wtorre acerta contrato de naming rights da Arena do Palmeiras com a Allianz Seguros!


A WTorre, empresa responsável pela obra do Estádio Palestra Itália, divulgou nesta quarta feira, 24, o acerto do contrato de naming rights do estádio para a Allianz Seguros. O nome oficial, os valores e tempo de duração do contrato deverão ser divulgados no dia 29, em evento organizado pelas partes. Esse será o quinto estádio no mundo que a empresa alemã batizará com seu nome. O mais famoso é o campo do Bayern de Munique, a Allianz Arena. Há ainda o Allianz Stadium, na Austrália, o Allianz Park, na Inglaterra, e o Allianz Riviera, na França.

A ideia de vender o nome do estádio para uma empresa é uma prática ainda pouco usual no Brasil – até a construção dos estádios da Copa, apenas o Atlético Paranaense havia feito um acordo nesses moldes com a Kyocera, trocando o nome da Arena da Baixada para Kyocera Arena. No mês passado o Governo da Bahia e a OAS anunciaram uma parceria de 10 milhões de reais por ano para a marca de cervejas Itaipava batizar a Arena Fonte Nova, em Salvador.

O naming rights é o termo da moda entre clubes e governo quando estes precisam justificar quais as formas de arrecadação das arenas além da bilheteria de futebol e shows. Entretanto, essa prática é muito comum apenas nos Estados Unidos, onde a organização do esporte como um todo está anos-luz na nossa frente, o que facilita esse tipo de negociação.

Para se ter uma noção, mesmo na Europa onde o futebol está muito distante de nós e ainda assim bem longe dos americanos, apenas 8 das 32 equipes que disputaram a Champions League nesse ano possuem acordo de naming rights em seus estádios. Curiosamente, a mais rentável é justamente a do Bayern de Munique, que rende 6,5 milhões de euros por ano, cerca de 17 milhões de reais. Com base nesses valores e no acordado no estádio baiano, espera-se que no Palestra Itália os números fiquem em torno de 13 a 15 milhões por temporada.

Os outros estádios são: Signal Iduna Park, do Borussia Dortmund (Alemanha); Veltins Arena, do Schalke 04 (Alemanha); Emirates Stadium, do Arsenal (Inglaterra); Etihad Stadium, do Manchester City (Inglaterra); Sportsfive, da Juventus (Itália); AXA Seguros, do Braga (Portugal); Turk Telekom, do Galatasaray (Turquia).

Os elementos levados em conta pelas empresas para comprarem o nome de um estádio são vários, e por isso que é um privilégio para um clube realizar um acordo deste tipo. São considerados a dimensão nacional ou mundial do clube, a localização da arena, os acessos, a história do clube, os serviços integrados e próximos ao estádio, entre outros.

Analisando esses fatores, podemos concluir que das arenas que estão sendo construídas ou modernizadas no Brasil, pouquíssimas oferecem os requisitos mínimos para que consigam realizar um ótimo acordo de naming rights. O estádio Deles, por exemplo, além de estar pessimamente localizado e – sem clubismo agora – com um concorrente de altíssimo nível na cidade, já é há anos chamado pela população e pela mídia de Itaquerão, o que afugenta possíveis empresas que creem que não conseguirão impor sua marca em uma arena que já possui nome próprio.

Nesse caso e nos outros espalhados país afora – com exceção, novamente, ao Atlético Paranaense e talvez aos gaúchos Grêmio e Internacional – a chance de se concretizar um negócio desse é baixa, salvo se alguma empresa decida arriscar, e mesmo assim oferecendo valores muito aquém dos 15 milhões esperados para a Arena palmeirense, talvez nem próximo dos 10 milhões de Salvador, mas no máximo 5 milhões por temporada, e olhe lá.

Ou seja, o acordo sacramentado hoje pelo Palmeiras, WTorre e Allianz Seguros deve ser muito comemorado por todas as partes, pois representa seriedade, compromisso e transparência entre as empresas, e, principalmente, a confirmação do Palmeiras como um dos maiores clubes do Mundo.

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