A convocação da convicção

 
Foto: Mowa Press
Por: Gabriel Nogueira
Como eu já vinha dizendo, o técnico Luiz Felipe Scolari precisava ter convicção. E teve. Não pode-se cair na armadilha do achismo. Quem está no comando da Seleção, jamais deve ter opinião, tem que ter certeza, comprometimento. É uma responsabilidade enorme, principalmente pelo tempo ser curto, portanto a convicção é a base de tudo. Se deixar levar pela mídia tendenciosa e torcedores que não são responsáveis pela conquista de títulos - a crítica serve para quem vos escreve também, o fiasco será o mesmo que em 2006. 

Agente entende de futebol. É claro que alguns mais e outros menos. Compreendemos sobre as capacidades técnicas e táticas, só que em nenhum momento estivemos expostos, á frente de um trabalho. Ser técnico não se resume a dar um coletivo, é algo de longo prazo para encaixar a equipe. Além disso, necessita vender sua ideia aos jogadores, fazer com que tenham confiança. E mesmo quando tudo dá certo, há o desgaste. 

Precisamos ter calma, não adianta ficar metralhando a filosofia do Felipão. Falta muito equilíbrio por parte da imprensa. Precisamos de mais "Paulos Vinicius Coelhos" na grande mídia. O jornalismo é a relação dos fatos.

De fato, problemas extra-campo queimaram Ramires e Ronaldinho. O primeiro por falta de comunicação após uma lesão e o segundo, além do atraso de aproximadamente 25 minutos em uma apresentação, pelo desempenho pífio com a camisa amarelinha. Atitudes do tipo fazem nos chegar a auto desconvocação de tais jogadores. Para ter o comando sobre o grupo, evitando a bagunça, é fundamental a igualdade no elenco. Não é tempo de erros, estamos a muito pouco tempo de grandes decisões para o nosso futebol.

Enfim, apesar disso tudo, o mundo não acabou não gente. Há vagas em aberto, é claríssimo. Mais pra frente, poderá sair Jádson da equipe para entrar o Ronaldinho, o Kaká. Mesma coisa nas outras posições. Sem desespero, por favor. Estão fazendo tempestade atoa. Se tivéssemos pelo menos 50% da imprensa formada por grandes profissionais, a notícia da não-convocação desse ou aquele seria compreendida, pois repito: O jornalismo é a relação dos fatos. E sendo assim, os torcedores seriam informados com imparcialidade ao invés da tendenciosidade. Quando você se posiciona, é preciso de muita competência para saber fazer uma colocação sem manipular as pessoas. Sem esse papinho de opinião boa. Opinião é igual bunda, meu filho. Por isso acho algo tão desnecessário.


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