GRUPO B

Apesar de atual campeã do mundo e bi
da Euro, a seleção espanhola vem em decadência, assim como o Barcelona.
Outras pessoas compartilhavam dessa ideia também, e após aquela
'remontada' da equipe catalã, diante o Milan, todos zombaram de nós. Mas
a análise vem da sabedoria, do diálogo, do argumento. A base da seleção
é o Barça, por isso estou citando esse episódio. Pois bem, já não vemos
mais a mesma busca pela vitória, e tudo o que fazem já é muito
previsível. Precisam ter profundidade, centroavante, jogadas de linha de
fundo, bola parada. Não há repertório. E o verdadeiro futebol pede
isso. Nasci, cresci, vejo futebol tanto nacional como internacional há
mais de 10 anos e esse esporte sempre teve referência. Aí não importa o
jogador, o clima, a época, o dinheiro. Tentaram mudar a essência do
futebol, mas se ferraram. Sua nova safra é péssima, e a atual e as
passadas nunca foram aquilo tudo. O grande trunfo foi um momento, uma
parcial ditadura, um planejamento de destruição. Eu definitivamente
nunca avistei nenhuma qualidade nessa seleção. É engraçado, eu ligo a
TV, assisto, e não consigo ver qualidade alguma, muito pelo contrário,
tenho a convicção que são os piores do mundo. No máximo vejo capacidade
para ser uma pulguinha atrás da orelha, e isso tudo também pelo fator
sorte. E isso eles têm de sobra. Veja bem: As três grandes seleções do
futebol mundial são inquestionavelmente: Brasil, Itália e Alemanha, e
todas vivem momentos de renovação. Isso explica muita coisa. Sem mais
delongas.
São
verdadeiros guerreiros. Aplicados, dedicados e esperançosos. Abafam o
adversário, martelam, envolvem, propõe seu jogo. Possui ingredientes
para fazer uma feijoada. O grande problema é que seus méritos são também
seus deméritos. Incrível, mas a grande maneira de vencê-los é fazer o
feitiço virar contra o feiticeiro. As suas falhas são principalmente
técnicas. Alguns erros de passe na saída e dificuldade na diminuição de
espaços em seu campo prejudicam, mas como já disse, agora repito com
outras palavras: A Nigéria é um 'toma lá dá cá' sem fim. Parece criança.
Eles te imitam, só que geralmente com mais garra, raça, obsessão. São
perigosos, pois podem achar forças quando tudo parece perdido e
proporcionarem partidas dignas e repletas de emoção.

Tenho
a convicção que tudo se baseia no sonho. É, sonho de mostrar para o
mundo toda sua força, ter reconhecimento. Um país tão esquecido e
desprezado (nesse contexto) só poderia buscar isto. E tanto podem como
devem. Possuem muitos jogadores amadores, e com certeza já é uma
realização conseguirem disputar essa grandíssima competição. Tanto como
equipe como particularmente. Será preciso vencer dramas pessoais,
quebrar protocolos, mas valerá a pena. Se buscarem intensamente, terão
cada vez mais forças. Não há vaidades, creio e até duvido. A preleção
deverá começar com a palavra superação pra cima.
Estão
se reencontrando, mas possuem uma identidade e características. Jogam
em função de seus dois atacantes: Edinson Cavani, do Napoli, e Luis
Suárez, do Liverpool. Assim como no clubes destes dois jogadores, a
seleção uruguaia costuma dar a bola e sair em contra-ataque com
facilidade. Nessa situações, tocam bem a bola, exploram as alas e rompem
os sistemas defensivos principalmente com entradas nas costas dos
volantes e em diagonais entre os zagueiros e laterais. São lances
basicamente fatais, a não ser que me apresentem defensores com bom
físico, técnica, personalidade (até aí tudo bem), velocidade e
habilidade.
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