Caso Valério Luíz: Hoje completa 1 ano que o jornalista esportivo foi assassinado aqui em Goiânia!

Assassinato de Valério Luiz:
1 ANO DE IMPUNIDADE!


Há exatamente 1 ano o jornalista esportivo Valério Luíz de Olveira foi covardemente e brutalmente assassinado em plena luz do dia no bairro Setor Serrinha, região sul de Goiânia. Em 05 de julho de 2012, após mais um dia de trabalho na Rádio Jornal 820 AM, Valério Luíz acabara de sair em seu carro quando foi interceptado por um motociclista que disparou várias vezes no comentarista que veio a falecer ali mesmo no local, quase em frente a rádio, às 14 horas, numa rua movimentada de um bairro nobre da capital. Sendo assim, não deixaríamos de falar, relembrar e externar a insatisfação com essa Justiça frouxa e com a impunidade que reina em nosso país! Sim, vamos continuar falando desse crime, pois desde a morte de Valério estamos volta e meia retornando a esse assunto.
Cronista esportivo Manoel de Oliveira - pai de Valério. Ele é o símbolo da luta por Justiça para que esse caso não caia no esquecimento e que não fique sem punição

Desde o início, todos nós (e isso engloba os familiares, parentes, colegas de trabalho, telespectadores), desconfiavam ou tinham mesmo quase certeza que a execução do jornalista estava sim ligada às críticas pesadas portanto contundentes que o jornalista esportivo fez a dirigentes do Atlético Clube Goianiense e que meses depois ficou comprovado através do inquérito em que a valente e obstinada delegada Adriana Barros conduziu com muita responsabilidade e coragem. Já é público e conhecido de todos o envolvimento de Maurício Sampaio, (dono de um cartório e também é sócio da Rádio 730 AM além de possuir vários imóveis aqui na capital), e de pessoas ligadas a ele direta ou indiretamente, porém essas pessoas estão soltas e Valério está morto e a pergunta que não quer calar ecoa em nosso estado: Até quando???

  Capas de jornais durante etapas do andamento do inquérito

Valério Luíz trabalhava também na tv, no programa Mais Esportes da PUC TV Goiás (afiliada da TV Aparecida aqui no estado) e seus colegas de trabalho tanto da tv quanto da rádio foram impedidos de cobrirem o Atlético-GO devido as críticas de Valério em relação ao clube. Adson Batista - diretor de futebol e Maurício Sampaio - vice-presidente, foram os mais criticados por Valério, sendo que depois disso o próprio Maurício Sampaio e o Ten. Coronel Wellington Urzeda se desligaram do clube e meses depois Valério foi executado. Urzeda chegou a ser acusado porém até agora nada foi provado sobre um possível envolvimento do militar nesse crime. Já Sampaio, desde o início era o principal suspeito de ser o mentor da execução e as investigações apontou que o cartorário foi o articulador do homicídio.

Maurício Sampaio (ex-vice-presidente do Atlético-GO), segundo as investigações, é o mandante da execução do jornalista esportivo!

De acordo com a polícia, o acusado de ter atirado no jornalista Valério Luiz, Marcos Vinicius Pereira Xavier (Marquinhos), que já confessou ser mesmo o autor dos disparos, disse em seu depoimento que foi Urbano de Carvalho Malta quem lhe procurou para que ele cometesse o homicídio, inclusive o Urbano foi a pessoa que lhe forneceu a arma e o telefone celular usado no dia em que o crime foi cometido.  
Marquinhos disse que conhecia Urbano e o sargento Da Silva (Djalma Gomes da Silva) porém não chegou a conhecer Mauricio Sampaio. Urbano tem ligações estreitas com o cartorário Maurício Sampaio, cujas desavenças com Valério Luiz eram conhecidas de todos na imprensa. Inclusive no depoimento dado por Marquinhos, ele chama Maurício Sampaio de ''patrão" do Urbano, pois é sabido que ele é motorista do empresário.

DEVERIAM ESTAR NA CADEIA!!! 

#JustiçaPorValérioLuiz
 
Maurício Sampaio mantinha ligações com policiais militares, alguns faziam sua segurança e também a segurança do ex-sócio da Rádio 730, o apresentador Joel Datena, (filho do apresentador José Luiz Datena). Depois de muitas conversas, e reclamações, um oficial da PM teria dito que sabia quem podia fazer o “serviço”. Depois de várias conexões, como a citação de um cabo da PM, chegou-se, por meio de um sargento, a Marquinhos. Já o sargento Da Silva fez uma varredoura nas ruas, na região da Rádio Jornal, no Setor Serrinha, verificando onde existiam câmeras e rotas de fuga, e Urbano monitorou Valério Luiz em uma casa que fica a poucos metros da emissora. A polícia e o Ministério Público dizem que essa casa é de propriedade do cartorário Maurício Sampaio! Com tudo preparado, Marcos Vinicius teria roubado uma motocicleta e, em julho de 2012, matou o comentarista esportivo. O assassinato teria custado cerca de 200 mil reais ao empresário.

 
Mandado de Prisão Temporária expedido em 1º de fevereiro de 2013 contra Maurício Sampaio - ex-dirigente do Atlético-GO 

Depois disso Maurício Sampaio teve suas idas e vindas pois a defesa conseguiu soltá-lo através de habeas corpus por algumas vezes e ele e os outros envolvidos aguardam atualmente o julgamento em liberdade. Valério era atleticano assim como o seu pai, o também cronista esportivo Manoel de Oliveira (também conhecido como Mané de Oliveira), ícone do esportivo do Centro-Oeste brasileiro e pioneiro na imprensa esportiva em Goiás, sendo conhecido por todos devido a décadas de trabalhos na imprensa futebolística tanto no rádio e na tv. Manoel de Oliveira comanda o TBC News Esportes pela emissora TBC News e mesmo sendo um homem público e respeitado por todos, sofreu não somente com a execução de seu filho como tambem com outras "estranhas intervenções" como dois assaltos ao Clube do Mané - de sua propriedade, tiros dados na guarita e entrada de seu clube durante a madrugada e um assalto no qual ele foi mantido como refém em seu clube. 
Vídeo com algumas das principais críticas de Valério Luiz a dirigentes do Atlético-GO

Mané é um dos símbolos na busca por Justiça na elucidação desse crime e chegou a contratar detetive particular para ver se agilizava a identificação dos envolvidos nesse covarde crime. Nesse período ele se reuniu pessoalmente com o Governador Marconi Perillo diversas vezes e até o Secretário de Segurança Pública João Furtado foi trocado e em seu lugar entrou Joaquim Mesquita, que ocupa o cargo até então.

A defesa do ex-dirigente do Atlético-GO conturbou várias vezes o processo querendo descaracterizar as denúncias e também houve mudanças de depoimentos, e com isso a angústia e insatisfação de Manoel de Oliveira e sua família só aumentavam. O cabo da PM Ademá Figuerêdo Aguiar foi apontado como o verdadeiro executor, sendo que ele também responde por participação em uma chacina no Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia-GO ocorrida em 2011. Segundo o inquérito, Figueirêdo foi visto nas imediações antes do crime e foi ele quem foi o executor do radialista.  



Valério Luiz Filho, (na foto ao lado), é advogado, assim como Lorena Oliveira (sua mãe e viúva de Valério Luiz) também lutam incansavelmente por Justiça sendo que eles criaram o Instituto Valério Luiz para ajudarem a divulgar melhor o caso e lutarem também por justiça e fim da impunidade. Valério Filho organizou a manifestação que se realizou na manhã desta sexta-feira no centro de Goiânia (vejam o vídeo acima) e também eles já criaram um canal no Youtube, divulgando assim de todas as formas para que cada vez mais pessoas que se identificam com o caso ou que já passaram por questões semelhantes se unam a eles e juntos possam se fortalecerem para continuar a luta contra a impunidade e o descaso.

O desejo de todos é que os avanços que a família Oliveira conseguiu até agora não seja em vão e que no final se faça sim a Justiça! É vergonhoso, deplorável, inadmissível que aqui no Brasil, o chamado país do futebol, alguém mate ou mande matar somente porque não aceita críticas ou porque não concorda com a opinião do outro. Não somente porque ele era da imprensa, porém quando acontece isso com alguém que é uma pessoa conhecida, pública, passa então a sensação e o recibo de que é um cala boca à imprensa, um recado, o que faz com que o trabalho e a qualidade da imprensa seja colocado de lado enquanto o medo entra em cena em decorrência da impunidade. Se fazem isso com um jornalista, imaginem com as outras pessoas... 

Os jornalistas Rafael Vasconcelos, Daniel Santanna e André Isac eram colegas de trabalho de Valério na PUC TV Goiás

É tempo de reflexão, de manifestação e de  clamar por justiça. Não podemos deixar que esse crime fique incólume. Temos que cobrar das autoridades maior empenho para que o excelente trabalho da delegada Adriana Barros não seja em vão. Tenho fé de que tudo dará certo e que em breve a família Oliveira e a imprensa esportiva de Goiás durma com o sono dos justos, sem medo, sabendo que os culpados estarão atrás das grades pagando pelos crimes que cometeram. Podem até enganar os homens, porém a justiça de Deus é implacável e imutável! 

#FORÇAMANÉ
#JUSTIÇAAVALÉRIOLUIZ 
 

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