ATLÉTICO MINEIRO x OLIMPIA (PAR) 
O ATLÉTICO CONSEGUIRÁ CANTAR DE GALO FORA DO HORTO?!
Após perder por 2x0 há uma semana atrás no estádio Defensores Del Chaco em Assunção (PAR), o Atlético Mineiro agora terá o principal e mais importante jogo de sua história: tentar conquistar o título inédito da Copa Libertadores da América! E calor da torcida é que não faltará nessa noite fria de 4ª feira lá em Belo Horizonte-MG com o Mineirão abarrotado de fanáticos e alucinados pelo Galo, só falta mesmo o time fazer sua parte fora de casa e derrotar o Olimpia (PAR)! Mas será fácil???
Não, claro que não. Porém depois de toda a saga atleticana nessa Libertadores da América não podemos duvidar de mais nada, houve o pênalti no último minuto diante do Tijuana (MEX) no Independência, onde brilhou a estrela de Victor, teve também no mesmo Independência a vitória heroica por 2x0 em cima do Newell's Old Boys (ARG) e a vaga nos pênaltis, quem não se lembra também da malandragem de Ronaldinho Gaúcho ao beber a água de Rogério Ceni e assim fazer o gol após o lateral? - Bem, são muitos ingredientes e muitas emoções que fizeram presentes nessa luta pelo título da Libertadores e tem ainda a parte mais atual: a derrota por 2x0 lá no Paraguai...
Agora o Galo não terá o estádio Arena Independência como aliado, a decisão será no Mineirão (foto)!
Se pelo menos o Galo pudesse jogar na Arena Independência... Pois é, a Arena Independência não poderá ser o grande trunfo do Atlético Mineiro (claro, sem esquecer jamais da massa atleticana), pois a Conmebol impediu o time brasileiro de jogar no estádio que é do América Mineiro porque ele tem capacidade para apenas 23 mil torcedores, já o paraguaio Olimpia jogou em um estádio que tem capacidade para 36 mil torcedores, ou seja, também está fora das normas e do regulamento da entidade que reza que numa decisão o estádio tem que comportar no mínimo 40 mil torcedores... Bem, mais pros paraguaios eles liberaram não é?! Pois a Conmebol tem a sua sede lá em Assunção (PAR), onde fica justamente o estádio Defensores Del Chaco, coincidência ou não...
O cenário, apesar de não ser o desejado pela equipe mineira, não é novo. Nas semifinais, o Galo precisou virar o mesmo placar em casa, no jogo de volta - acabou decidindo a vaga nos pênaltis, com Victor. Um gol logo nos primeiros minutos, de Bernard, fez a vantagem do Newell's parecer muito menor e motivou ainda mais o Galo, que quer repetir o feito.
"Esse é nosso objetivo. Contra o Newell’s fizemos um gol logo no início. Temos de sair pra cima, e fazer o gol logo de cara", reconheceu Ronaldinho Gaúcho. O meia do Atlético Mineiro é um dos mais empolgados com a decisão, apesar do histórico de conquistas. Ronaldinho Gaúcho fez o seu nome fora do Brasil, e a Libertadores é um título que todos desejam levar no currículo. "Faltou conquistar algo importante no Brasil. É diferente porque foi muito tempo de carreira fora e pouco aqui. Retornei para conquistar campeonatos que não tinha conquistado. A oportunidade está nas mãos da gente", disse.
Ronaldinho Gaúcho quer que a sua passagem impulsione o Atlético a uma "nova era de conquistas", como ocorreu no Barcelona. "Já começou essa era. Cheguei em um momento importante, conseguimos fazer o clube voltar a disputar a Libertadores, vencemos o Mineiro. Queremos continuar vencendo por outros anos para que lembrem de todos que fizeram parte desse trabalho como foi no Barcelona", afirmou.
Ronaldinho Gaúcho não estava num dia feliz e foi substituído pelo técnico Cuca
O técnico Cuca não contou com Bernard para o primeiro jogo decisivo da Libertadores. O jovem meia, que estaria de malas prontas para o Arsenal, na Inglaterra, pode ser um fator de desequilíbrio no Mineirão. "É como se fosse o último jogo da minha carreira. É dar tudo que eu posso e não adianta dar apenas os 100%, tem de dar além disso. Vou dar o meu máximo. Vou dar o que eu posso e até o que não posso. Eu quero fazer história", afirmou o jogador, que não quis comentar sobre o seu futuro pós-Libertadores.
Dos pés de Bernard começou a reação na semifinal, contra o Newell's. O meia ainda marcou outros três gols na Libertadores, todos no mesmo jogo, contra o Arsenal de Sarandí (5x2). Bernard forma com Ronaldinho, Tardelli e Jô um quarteto capaz de impor respeito em qualquer adversário.
O OLIMPIA BUSCA O TETRA HOJE NO MINEIRÃO
O Olimpia tem tradição na Libertadores. Ao contrário do Galo, conhece bem o caminho da vitória. Levantou o troféu por três vezes e tem confiança na quarta conquista, mas sem nunca esquecer a "humildade". Afinal, o poder do time paraguaio reside no conjunto, sem um elenco repleto de destaques individuais, como o Atlético, e com investimento muito inferior ao rival.
"É um sonho que estamos realizando e espero que tenha um final feliz", disse Nelson Benítez, lateral do Olimpia. Vamos jogar pelo sonho de todos. O plantel é muito humilde, trabalhador, e queremos assim conquistar o objetivo principal, que é vencer", afirmou.
Humildade não significa abdicar do ataque. Ao menos é o que pensa o técnico Éver Almeida, ídolo no clube e com grande histórico de conquistas. "A ideia é não ficar atrás. Quero laterais que apoiem o ataque", explicou o treinador, que deve dar atenção especial à defesa para segurar a vantagem, mas com o contra-ataque veloz preparado para surpreender o Galo.
Os times
Atlético Mineiro: Victor; Michel, Leonardo Silva, Réver e Junior Cesar; Pierre, Josué, Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Diego Tardelli; Jô.
Olimpia (PAR): Martín Silva; Ricardo Mazacotte, Salustiano Candia, Herminio Miranda, Julio César Manzur e Nelson Benítez; Wilson Pittoni, Eduardo Aranda e Alejandro Silva; Juan Manuel Salgueiro e Freddy Bareiro.
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