Caso Valério Luiz: Aparece quinto personagem misterioso no assassinato de Valério Luiz !

 
Por: Jornal Opção

A Polícia Civil promete, para breve, prisões dos suspeitos de terem matado o radialista e comentarista esportivo Valério Luiz, há quase meio ano. O dado novo é que se tem dúvida se o assassino é mesmo um policial militar — investigações preliminares tinham apontado para o cabo Ademá Figueredo (o militar, em conversa com outros militares, nega ter participado do crime e, até agora, a polícia não apresentou nenhuma evidência de que esteve no cenário onde Valério Luiz foi morto) — ou um homem que chegou a “trabalhar” como informante da Polícia Civil, mas nunca foi policial (ele tem o hábito de andar armado). Seu prenome começa com “U” e ele teria trabalhado, ou trabalha, para o empresário que é suspeito de ter financiando o crime.

Um dos oficiais que teria arranjado o pistoleiro para matar Valério Luiz tem dito e repetido para vários militares de posto superior que não tem qualquer responsabilidade no crime. O capitão que é apontado como suspeito e que teria levado o assassino ao oficial — e este o teria levado ao empresário que “odiava” Valério (que teria descoberto o esquema de um ex-dirigente do Atlético Goianiense para comprar resultados no campeonato brasileiro; subornava o técnico e o goleiro do time adversário) — também tem negado participação no crime, em conversas com oficiais da Polícia Militar. Ele teria dito, inclusive, que não conhece pessoalmente o empresário.

A polícia sabe, porém, que pelo menos cinco pessoas participaram da articulação do assassinato e não acredita nos “desmentidos” dos oficiais. O mandante seria um empresário conceituado em Goiânia, dono de vários imóveis e outros bens. O articulador seria um tenente-coronel e pastor evangélico (ele é quem mais nega ter participado do crime. Oficiais e religiosos acreditam na sua versão, mas não a Polícia Civil). O intermediário com o pistoleiro seria um capitão, que teria atuado na PM-2 e é tido como um dos melhores policiais da instituição goiana. Tanto que oficiais sugeriram a um repórter do Jornal Opção que “coloque” um pé atrás e duvide de sua participação. Há, no entanto, evidências, ainda não inteiramente objetivas, de que manteve contato tanto com o tenente-coronel quanto com o empresário. 

A quebra do sigilo telefônico, que já estaria nas mãos da Polícia Civil — que estaria fazendo o mapeamento e os cruzamentos com o objetivo de sistematizar as conexões entre os possíveis criminosos —, vai ajudar a esclarecer qual era o grau de conhecimento entre as partes supostamente envolvidas. O quarto personagem seria o cabo da PM Ademá Figueredo. Mas é preciso que fique claro que não há, até agora, pelo menos divulgada pela Polícia Civil, nenhuma evidência que o incrimine decisivamente. É apontado como o suspeito de ter atirado no radialista, como saiu em praticamente todos os jornais, mas não se pode apontá-lo como “acusado” ou “culpado” do crime.

O quinto personagem era o principal mistério do quebra-cabeça. Até a semana passada, seu nome não havia sido mencionado publicamente. Uma delegada que investiga o caso mencionou seu nome para jornalistas e policiais, mas pediu reserva, pois não se pode dizer, com certeza, que tenha sido o responsável pelos tiros que mataram Valério Luiz ou que tenha dado proteção ao assassino. Sabe-se que atuou como informante da Polícia Civil e, nos últimos anos, trabalhava, ou trabalha, para o empresário que é apontado como principal suspeito de ter encomendado o crime.

A delegada Adriana Ribeiro está concluindo a montagem do quebra-cabeça e, assim que ficar pronto, pedirá a prisão de pelo menos cinco pessoas. A policial, apontada como meticulosa e legalista, quer documentar rigorosamente as informações para que, quando os pedidos de prisões forem feitos, a Justiça não relutar em decretá-las por falta de indícios consistentes.

Na linguagem policial, a autoria do crime está “derrubada”. O que falta é a organização das provas para que se possa pedir as prisões dos supostos envolvidos e, a partir daí, elaborar um inquérito bem costurado e enviá-lo para a Justiça. Os inquéritos preparados por Adriana Ribeiro são tidos como irretorquíveis. Às vezes, é melhor demorar um pouco mais, para que se possa apesentar provas cabais, e evitar inquéritos que, ao serem transformados em processos, deem em nada.

Fonte: www.jornalopcao.com.br




1 comentário

Anônimo em 2 de fevereiro de 2013 às 14:09

muito bom o trabalho da doutora adriana parabens os culpados deverao ser punidos

 
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