Caso Valério Luiz: Políca prende 3 suspeitos de terem participado do assassinato do jornalista esportivo Valério Luiz!


 MANDANTE AINDA NÃO FOI PRESO
Açougueiro confessa que foi o executor. Mais duas pessoas foram detidas e tem ligações estreitas com o provável mandante do assassinato do jornalista!

Os três acusados de terem participado do assassinato do cronista esportivo Valério Luiz, morto a tiros em frente a Rádio Jornal 820, no dia 5 de julho de 2012, seriam apenas os operadores do complexo esquema que culminou na morte do radialista. O mandante do crime ainda não foi preso, mas o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, João Carlos Gorski, afirma que é questão de tempo para o mentor do crime ser identificado e preso.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), iniciou a operação de prisão e busca e apreensão às 6h da manhã desta sexta-feira (1º/2), em três locais diferentes. Um dos detidos que confessou o crime seria um comerciante, dono de um açougue localizado no Parque Amazonas, em Goiânia, identificado até o momento pelo nome de “Marcos Vinícius”, conhecido também como “Marquinhos”. Ele teria passagem pela polícia por roubo, e de acordo com fontes da polícia, em seu depoimento, todas as informações prestadas por ele condiziam com os dados do inquérito. Pelo serviço, ele teria recebido cerca de R$ 200 mil.

O outro acusado preso seria uma espécie de articulador dos consumadores do crime e foi identificado pelo nome de “Urbano”, que além de ser motorista, também é conhecido como agenciador de pistoleiros em Goiânia e em todo o Estado. Ele teria sido fotografado no local do crime horas depois de Valério ser assassinado. Além disso, Urbano teria alugado uma casa nas proximidades da Rua Teixeira de Freitas, onde se localiza Rádio Jornal 820. Fontes da polícia garantem que o indivíduo tem ligações estreitas com um empresário suspeito de ser o mandante do crime, sendo inclusive, seu motorista particular.

 
Delegado-geral, João Carlos Gorski, fala à imprensa sobre as principais diligências tomadas para a prisão de três suspeitos

O terceiro acusado é um sargento da Polícia Militar de Goiás, Osmar Gomes da Silva, mais conhecido pelo nome de guerra “Da Silva”. Ao ser preso ele tentou reagir e teve que ser contido por policiais do Grupo Tático 3 (GT 3) da Polícia Civil. Um oficial da Corregedoria da Polícia Militar também ajudou. O militar teria sido procurado por Urbano para dar apoio na execução do crime, com limpeza de provas e alteração de evidências. O sargento também é conhecido por fazer bico de segurança de empresários donos de rádio e de dirigentes de clubes de futebol.

Os três estão presos na DIH e vão prestar depoimentos no decorrer dos 60 dias — prazo máximo para a conclusão do inquérito. A moto e o capacete — uma motocicleta de cor preta e de motorização 125 cilindradas —, utilizado por Marcos Vinícius na execução do crime, foram apreendidos na casa de seu pai, também no Parque Amazonas. Especula-se que “Marquinhos” seja um pistoleiro profissional dado a destreza em que executou Valério, atirando em movimento em cima de uma moto.

 
Em 05 de julho de 2011, o jornalista esportivo Valério Luiz (foto) foi assassinado em plena luz do dia por um motociclista em frente à rádio na qual o jornalista esportivo trabalhava!

A esposa do cronista Valério Luiz, Lorena Nascimento disse, emocionada, que espera ver o mandante do crime atrás das grades. Ela também afirma que a família teme represálias por parte dos arquitetos da morte do cronista esportivo, considerando até mesmo deixar Goiânia por algum tempo. “Durante a investigação, Manoel de Oliveira sofreu algumas intimidações e atentados. Temos medo. Já fiquei um mês fora e considero sair da cidade para ter um pouco de paz.”

Informações mantidas em sigilo

O delegado Gorski não quis falar em nomes do mandante e nem na motivação do crime. “Ainda trabalhamos com informações que temos até o momento nos autos, e ainda é prematuro em falar de mandantes”, diz. O secretário de Segurança Pública de Goiás, Joaquim Mesquita, disse em entrevista coletiva que é meta da polícia o esclarecimento de todos os crimes de homicídios, independente da posição social dos criminosos. “Esse caso era uma anseio da sociedade do Estado de Goiás e de toda a imprensa o esclarecimento deste crime. O governador foi informado por mim das prisões e pediu que eu cumprimentasse toda a equipe da Polícia Civil.”

De acordo com a delegada Adriana Ribeiro, titular da DIH, ao todo foram expedidos seis mandados de busca e apreensão e três de prisão. “Não fechamos ainda a parte de interrogatórios e apreensões. Estamos ainda na fase de diligência”, afirma.  


Jornal Opção (www.jornalopcao.com.br)


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